segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Qui sapit…


Ninguém deveria precisar estar a mil por hora o tempo todo, produzindo, reproduzindo, sendo cobrado. Às vezes simplesmente não se está no pique. E esse “às vezes” pode ser por um dia, uma semana, quiçá um mês inteiro… Quem poderá dizer que não é real o que se sente? Quem trará aquela velha injeção de moral para aplicar nestas veias onde corre o teu sangue congelado?
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Do alto de um arranha-céu:
- Vês todos aqueles carros desgovernados na avenida? Eles não param nunca.
- E aqueles carros estacionados ali?
- Não sabes que o trânsito continua? As pessoas entram em casa aos tropeços, fazem amor com um dos olhos no relógio, ligam a televisão quando precisam descansar. Assim o carro continua em movimento e ninguém precisa desligar a máquina. 
- Desligar a máquina?
- Às vezes é preciso parar e concentrar-se, para então retomar o rumo certo da estrada, sem atropelos. Para isso é preciso ter coragem, porque ninguém vai esperar que você passe no ritmo que lhe convém.

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