Certa vez vi uma parede com a
seguinte frase pintada: “cada persona es un mundo”. Sim, cada pessoa é um mundo.
Não está nisso a beleza dos encontros? É porque somos diferentes que nos
atraímos, é por isso que compartilhamos, e assim aprendemos o quanto podemos
crescer juntos.
Se escolhêssemos de novo, com
um olhar mais amoroso, a diferença poderia ser o nosso ponto de convergência,
ao invés da razão para a nossa separação.
Você
sabe o que acontece quando duas galáxias se encontram? Com suas dimensões
exorbitantes, elas têm dentro de si milhões de estrelas, planetas, asteroides e
- sabe-se lá quantas - civilizações. É uma bagagem bem grande... Mesmo assim, quando
elas finalmente se aproximam depois de bilhões de anos de interação
gravitacional mútua, as chances das estrelas das duas
colidirem é muito remota, por causa da imensa distância que existe entre elas.
Esse encontro não as destrói, mas faz uma reviravolta danada em cada uma delas.
O Sol e consequentemente os outros corpos do Sistema Solar serão movidos para
outra região da galáxia, provavelmente bem mais afastada do centro. Essa fusão
pode demorar um bocado, certamente não sem algumas perdas, mas, no decorrer
desse processo, as duas se transformarão em uma imensa galáxia
elíptica, trilhões de vezes mais luminosa.
Isso nos ensina um tanto sobre nossas relações. Talvez
só precisemos aprender a criar mais espaço dentro de nós mesmos, nos libertando
de conceitos e de medos que se acumulam com o tempo, para nos permitirmos viver
o que o outro vem nos ensinar. Claro que todo encontro nos revira por dentro,
faz a gente se questionar, afinal, é um mundo completamente diferente orbitando
ao nosso redor. Mas é preciso lembrar: só fora da nossa zona de conforto que a
magia acontece.