sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Tantos sóis, tantos mundos...

Certa vez vi uma parede com a seguinte frase pintada: “cada persona es un mundo”. Sim, cada pessoa é um mundo. Não está nisso a beleza dos encontros? É porque somos diferentes que nos atraímos, é por isso que compartilhamos, e assim aprendemos o quanto podemos crescer juntos.

Se escolhêssemos de novo, com um olhar mais amoroso, a diferença poderia ser o nosso ponto de convergência, ao invés da razão para a nossa separação.

Você sabe o que acontece quando duas galáxias se encontram? Com suas dimensões exorbitantes, elas têm dentro de si milhões de estrelas, planetas, asteroides e - sabe-se lá quantas - civilizações. É uma bagagem bem grande... Mesmo assim, quando elas finalmente se aproximam depois de bilhões de anos de interação gravitacional mútua, as chances das estrelas das duas colidirem é muito remota, por causa da imensa distância que existe entre elas. Esse encontro não as destrói, mas faz uma reviravolta danada em cada uma delas. O Sol e consequentemente os outros corpos do Sistema Solar serão movidos para outra região da galáxia, provavelmente bem mais afastada do centro. Essa fusão pode demorar um bocado, certamente não sem algumas perdas, mas, no decorrer desse processo, as duas se transformarão em uma imensa galáxia elíptica, trilhões de vezes mais luminosa.

Isso nos ensina um tanto sobre nossas relações. Talvez só precisemos aprender a criar mais espaço dentro de nós mesmos, nos libertando de conceitos e de medos que se acumulam com o tempo, para nos permitirmos viver o que o outro vem nos ensinar. Claro que todo encontro nos revira por dentro, faz a gente se questionar, afinal, é um mundo completamente diferente orbitando ao nosso redor. Mas é preciso lembrar: só fora da nossa zona de conforto que a magia acontece.